terça-feira, 20 de abril de 2010

Escolaridade obrigatória (1)

Actualmente existe um modelo de escolaridade obrigatória em Portugal no qual os jovens são obrigados a permanecer na escola durante 9 anos ou 12 anos para quem iniciou o 7º ano de escolaridade este ano. O problema deste modelo é que não "obriga" a aprender mas apenas exige a permanência na escola, como se esta fosse um local de lazer. Discordo totalmente. A escola deve ser de frequência facultativa.

Entendo que toda a gente deve ter acesso à educação em iguais condições. Contudo compete a cada um decidir se a quer ou não. Pode argumentar-se que as crianças e jovens não têm maturidade suficiente para decidir, mas a verdade é que todos eles têm encarregados de educação (e, maioritariamente, pai e mãe) que sabem (deverão saber) o que é melhor para os seus educandos/filhos.

Põe-se então a questão de como garantir que as crianças e jovens (e também os adultos) obtêm a formação e as qualificações necessárias para enfrentar os desafios da vida? Impõem-se qualificações mínimas. Por exemplo ninguém poderá ter acesso à carta de condução sem ter concluído com aproveitamento o 9º ano de escolaridade ou terá de ter concluído com aproveitamento o 12º ano para ser polícia, e por aí adiante.

A diferença poderá ser pequena, mas é estrutural. A educação/instrução passaria a ser uma necessidade e não uma obrigação. Estou certo (se é que se pode ter certeza de alguma coisa) que melhoraria o ambiente nas salas de aula e os resultados da aprendizagem também.

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